As árvores são poemas da terra para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio (Khalil Gibran)



quarta-feira, 19 de março de 2008

qualquer coisa

amanhece o sol
e
em nós
o mesmo silêncio

acumula-se

(preferi as flores novas que nasceram hoje mesmo
e joguei meu medo aos quatro ventos
e esqueci dos arpões que rodeavam a casa de meus dias
assim
libertei-me

como quem constrói o bem e o mal
esqueci do bem e do mal)

entre nossas mãos secas de tanto pó

no conflito
lento

de meninos em guerras de brinquedo

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