As árvores são poemas da terra para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio (Khalil Gibran)



domingo, 29 de agosto de 2010

Maio foi teu nome
escrito na parede
a própria parede

Sem querer auscultar teu peito
decidi-me pelo inevitável:
ser o caminho para as pedras
degluti-las na escadaria certeira
caindo


E num salto propiciar a monda dos teus cabelos expurgos
sobre a sala repleta de falta
celebrando a manhã sempre nascendo -
uma borboleta para o mar,
inteiro,
aos pedaços -
entreter tuas mãos nas maçãs de meu rosto
genuflexo

as sirenes da madrugada te levarão para o sol.