pedras na mão
e vc
e eu
e todos que nos vêem na rua a correr com os cachorros:
sexta-feira-santa
e três ou quatro, ou cinco, ou nem sei se cinco...
a atravessar a manhã como se fosse ela um ponto fixo no mapa,
como se pudessemos dela beber, um coelho pondo ovos e os pintasse, e os enchesse de amendoim torrados lentamente...
e os devorasse
entre as cercas que velam o pacífico sul
na colheita plena das tuas vestes
a lança no teu peito, na mão dos teus anjos da morte
para gerar
a compulsão do teu sangue
a saciedade canibal da pureza
como um delírio
amém
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