As árvores são poemas da terra para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio (Khalil Gibran)



quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

sincônio

a queda
que gera
a queda

descontínua

e que ao cair
permite
revelar-se

aos parcos momentos de dor incontida
de tudo que a vida exprime
(pré-queda)
sobre os quintais
nauseabundos
que aterram a terra de si
que promulgan a terra a si
que permitem o mal
que permitem o mal
que permitem o contrabando do mal
em bolas de fogo
feitas vestes de monstros
inomináveis
inomináveis

e no fundo do lago onde chegamos
ainda a lentidão do alívio
sobreposta ao beijo inpune
do mar ao mar
como se fosse
no ar
rosas
e
pétalas
de
rosas