Não me fale das auroras
que adornam tua janela
na manhã dos dias
nem do medo que sentes das tempestades
que se anunciam
no fim das tardes desertas
nem do choro que brota de teus olhos
quando as lembranças
da vida cruel te enlaçam
nem da saudade que sentes
não podendo saber suas razões ou seus fins
não me digas nada
não me abrace
não me dê amor
quando escolhemos a solidão
nosso martírio e maldição
somos nós mesmos
dissolvidos num copo de autopiedades
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