Quero estar nos teus braços
conduzir teus passos na proximidade dos meus dedos
e me tornar, contigo,
siamês
Quero assumir tuas palavras como minhas
Encontrar as lágrimas do futuro
Que o tempo me trouxer
Proferir teu nome em
silêncio
e no mesmo silêncio tornar-me teu filho
e nascer de ti
novamente
Ser o sorriso proposto nos teus lábios de prazer
a felicidade sincera das palavras simples
ditas como um sussurro em meio a mata
como benção
como chuva
E por fim,
no começo,
perdoar-me antes
de culpar-me
Assumir a forma esguia deste tronco de árvore
a coisa mais sábia que encontrei
nessa vida curta e longínqua