As árvores são poemas da terra para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio (Khalil Gibran)



sexta-feira, 23 de maio de 2008

a gravitação do sal na boca dos elefantes do pacífico sul

o mundo pequeno
o mundo gigante
em plena avenida o sol no mar

entre as dentaduras de um elefante
que de tanto sal
é branco
de sol
(no mar)

o mundo pequeno
o mundo gigante
em plena avenida o sol no mar

caindo distante
como se houvesse em sonhos
um mundo desmedido
a gravitação do sal

o mundo pequeno
o mundo gigante
jorrando do ventre
o sal no mar
o mal no bem

e as palavras q sobram
no meio da tarde isossa
na salada isossa
(os pratos, a mesa e a sala de estar)
na carne de elefante
salgada de tanto sol

marfin como miragens

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