As árvores são poemas da terra para o céu. Nós as derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo o nosso vazio (Khalil Gibran)



domingo, 30 de março de 2008

irreversibilidades (ou: auto-cosmogonia)

sobre os quintais sobrepostos
introjetados na tua mão criadora
gerando do caos
as bolas de fogo que se propagarão sobre a face do real
e o darão forma
e o tornarão palpável
para que a mesma mão - a tua mão - o toque
e dele construa o mundo
as extensões do mundo
as representações do mundo
e os olhos maduros que serão postos sobre teu rosto e te darão forma e te darão sentido
para que possas vir a conceber a possibilidade de gerar as tuas mãos
e dentro delas outros quintais
e deles venha a possibilidade
de haver possibilidades

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