não foi o sol,
foi a lembrança, que nos trouxe até aqui
o construto artístico de veias se tornando troncos,
florescendo em mentes,
despetalando-se em memória
alçapões cobrindo o segredo de tantos
o veludo recoberto de veludo
as certezas servido de camuflagem
o discurso pronto, a reflexão automata
concordar pelas conveniências
e a ciência disso tudo tomada com a mão, como a areia fina que um dia foi praia
a água doce que um dia foi rio, por um dia ter sido mar... olhos sonolentos de elefantes
a mágoa de não me tornar o desejo que quiseram que eu tivera, de transformar a areia em vidro
por um dia ter sido praia.
por um dia
eu e a areia,
e a imagem mental que tu hoje processa dessa areia-vidro-praia,
termos dançado [e sido] entre alguns grãos (se é que hajam) da poeira do universo.
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