Há um caminho sem volta
atrás do espelho que conduzem, com apreço e sombra,
teus dedos inumeráveis.
Um rumo no aleatório sabor da manhã.
A transcrição mnemônica dos teus passos impressos na galeria do acaso,
tal veias feitas fios de lã,
como portos secos,
guardados em latas herméticas de impedir o prosseguir do tempo.
No silêncio intenso que teus olhos plenos produzem na minha lembrança,
como abraços desfeitos em braços, em queda,
pronuncio teu nome contra as paredes seladas do meu quarto.
E ainda assim, fecho meu olhos para o teu vulto na escuridão.